O que acontece com a FrSky?
A FrSky é uma fabricante Chinesa de eletrônicos para o hobby de modelismo rádio-controlado (aeromodelos, drones, carrinhos, etc). Ela é mais conhecida pelos sistemas de rádio-controle, como os rádios da linha Taranis, os módulos XJT e DJT e os respectivos receptores.
A razão que me levou a escrever este artigo é para que as pessoas entendam o que aconteceu com a empresa e porque tantos clientes fiéis agora sentem apenas repulsa pela marca.
Estágios iniciais
A FrSky foi fundada em 2010, e seus primeiros produtos foram receptores compatíveis com o protocolo FASST da Futaba. Depois de algum tempo, a FrSky desenvolveu e lançou um novo sistema de rádio-controle de 2.4Ghz, completamente diferente dos atuais, chamado ACCST.
O ACCST (acrônimo para “Advanced Continuous Channel Shifting Technology”, ou “Tecnologia de troca de canal contínua e avançada”) foi a implementação da FrSky para uma tecnologia já conhecida em outros fabricantes, o “Frequency Hopping”, que nada mais é do que um transmissor de rádio que fica continuamente trocando a sua frequência de funcionamento em uma sequência pré-definida e em intervalos pré-definidos. Isso permite que o link de rádio seja mais resistente a interferências externas, além de permitir que múltiplos aeromodelos sejam controlados simultaneamente sem que causem interferência mútua.
Um diferencial da tecnologia ACCST para as demais é que ela é bidirecional, ou seja, ao mesmo tempo que o controle do piloto envia sinais de rádio para o aeromodelo, o aeromodelo também envia informações para o controle. Isso é conhecido como “Telemetria”.
Embora rádios com telemetria não fossem uma novidade na época, eles eram extremamente caros, e a FrSky fez sua tecnologia com custo muito mais baixo, sem sacrificar qualidade, o que rapidamente a fez ficar muito popular.
Os primeiros produtos lançados com a tecnologia ACCST foram os módulos DHT e DFT, que poderiam ser instalados em controles de qualquer marca (Futaba, Spektrum, Hitec, etc), e assim permitiam que esses controles funcionassem com os receptores da marca (que eram bem mais baratos que os receptores originais das marcas concorrentes).
Os primeiros receptores eram compatíveis com um protocolo chamado V8. Esse protocolo é capaz de transmitir até 8 canais distintos com latência de 24ms, tem função de failsafe e não suportavam telemetria.
Logo foi lançado o protocolo D8, que era basicamente igual ao V8, porém com função de telemetria, juntamente com o módulo DJT, um novo módulo que era capaz de controlar tanto os receptores V8 quanto os D8. Ele tinha o formato da báia JR, ou seja, era compatível com os controles da JR Propo e diversos outros modelos, como o Turnigy 9X. Era uma atualização que mantinha a compatibilidade com os receptores antigos. A FrSky também manteve a produção dos receptores V8 por muito tempo, de modo que as pessoas poderiam continuar usando seus módulos antigos sem problema.
A era Taranis
Em 2012 a FrSky introduziu o seu primeiro sistema verdadeiramente revolucionário: O Taranis X9D.
Era um rádio controle completo, que vinha com um módulo de rádio interno totalmente novo, chamado XJT. Este rádio era compatível com tudo o que a FrSky já havia lançado antes: Receptores V8 e D8. Além disso, ele introduziu dois novos protocolos, o D16 e o LR12.
O LR12 é um protocolo unidirecional (portanto, não suporta telemetria) e suporta 12 canais com latência de 25ms. A principal vantagem deste protocolo é proporcionar longo alcance, junto com este protocolo a FrSky lançou o receptor L9R, que é um receptor com antenas amplificadas e 9 canais PWM ou 12 por SBUS. O L9R conseguia atingir o dobro do alcance de um receptor convencional, facilmente superando os 5 km de distância, uma marca considerável para um link de 2.4Ghz.
Já o protocolo D16 era uma evolução do D8, suportava até 16 canais com 18ms de latência ou 8 canais com 9ms de latência, telemetria completa através do sistema SmartPort, e uma enorme variedade de receptores para as mais diferentes necessidades, desde pequenos receptores para drones até receptores completos para grandes aviões.
Ela também lançou o módulo XJT externo, que poderia ser acoplado em controles de outras marcas, ou no próprio Taranis, aumentando assim sua capacidade original. Ao adicionar um módulo externo XJT a um radio Taranis, era possível obter até 32 canais distintos, funcionando ao mesmo tempo, o que permitia que praticamente qualquer aeromodelo, por mais complexo que seja, pudesse ser controlado.
O rádio-controle em si já é muito legal. Ele é um controle de excelente qualidade de construção, com 2 gimbals, 6 interruptores de 3 posições, 1 interruptor de 2 posições, 1 interruptor momentâneo, 4 potenciômetros, uma enorme tela gráfica monocromática com iluminação. É equivalente ao Futaba 14SG, um rádio de US$ 600, porém custando apenas US$ 150. Era um preço verdadeiramente matador para um sistema tão completo.
A comunidade Open Source
Outra característica marcante do Taranis X9D é que ele usa o sistema OpenTX, um sistema operacional para rádios de código-fonte aberto, ou software livre.
Devemos lembrar que ele foi lançado logo no início da era dos drones. Os primeiros quadricópteros são de meados de 2012 e 2013, e esse tipo de aeromodelo depende completamente de eletrônica embarcada para funcionar. Um drone precisa de uma placa controladora de vôo dotada de acelerômetro e giroscópio para voar, e praticamente todos os sistemas de vôo eram feitos pela comunidade de software livre.
Então havia uma simpatia natural entre a FrSky (que apoiava o desenvolvimento do OpenTX) e os desenvolvedores de controladores de vôo para drones e pilotos automáticos para aviões. A FrSky logo percebeu que o mercado demandaria interfaces seriais nos receptores e tratou de adicionar saídas SBUS e SmartPort a todos os seus novos receptores. A tecnologia da FrSky se integrou perfeitamente as necessidades deste novo segmento de mercado. O Ardupilot, um dos primeiros sistemas de controle de vôo, apoia explicitamente o uso dos rádios da FrSky em sua documentação.
Tudo isso, aliado ao seu preço baixo e sua boa qualidade fez com que este sistema de rádio rapidamente se tornasse um padrão de mercado, superando tradicionais concorrentes como Futaba, Hitec, Spektrum, Graupner e outros.
Expansão
Em 2014 a FrSky lançou uma versão melhorada do Taranis X9D, o X9D+, que era basicamente igual, porém com a adição de resposta tátil (vibratória) e de um sistema de áudio PCM. Ou seja, ele é capaz de tocar pequenos arquivos de áudio, que podem ser programados para tocar de acordo com acionamentos nos controles ou com dados de telemetria.
A FrSky seguiu crescendo muito rapidamente, com a popularização dos drones FPV e com o crescimento do aeromodelismo elétrico. Ela lançou diversos novos produtos, entre rádios-controle mais baratos (como o Q X7 e o X-Lite) e mais caros (como a linha Horus), receptores para as mais diversas finalidades (como o XSR e o XM+, especificamente feito para drones FPV). Praticamente todo aeromodelo ou drone BNF vinha com um receptor ACCST D16.
Introdução do sistema ACCST R9
Em 2017, a FrSky lançou seu sistema de 900Mhz (868Mhz na Europa), chamado R9. O lançamento inicial consistia em um módulo (que era feito para encaixar atrás do rádio-controle, como já era feito com os módulos XJT e DJT antigos) chamado R9M, e um receptor chamado apenas de R9. O sistema era basicamente igual ao ACCST D16, porém na faixa de frequência de 900Mhz, o que permite que o alcance e a penetração do sinal seja muito maior, embora permita que menos pilotos usem o sistema ao mesmo tempo.
No lançamento, como anteriormente, o maior atrativo era o preço baixo. O sistema completo custava menos de US$ 80, o que era uma fração do preço do sistema Crossfire da TBS (O Crossfire TX custava US$ 220 e o receptor diversity custava US$ 100).
Porém, logo ficou claro que a FrSky ainda não estava pronta para lançar o sistema, e os módulos que chegaram ao mercado não apresentavam bom desempenho. Muitas vezes, as próprias antenas que vinham no kit não eram ideais para a faixa de frequência de funcionamento do sistema.
Levou alguns meses, e diversas atualizações de software, até que o sistema R9 ficasse finalmente estável. A esta altura, a FrSky já havia lançado uma versão nova do módulo R9M, revisada, com algumas melhorias de hardware. Sem no entanto abandonar o módulo antigo, que continuava a receber os mesmos firmwares da versão mais nova.
O módulo R9M foi feito para funcionar com qualquer rádio controle, e não apenas os da FrSky. Qualquer rádio com uma baia para módulos padrão JR poderia utilizar o sistema, da mesma forma que os módulos XJT e DJT antigos.
A FrSky também lançou diversos novos receptores compatíveis com o novo sistema R9, sendo os receptores R9MM e R9Mini, R9 Slim e R9 Slim+.
Alegações de práticas anti-competitivas
É importante relembrar: Em 2010, a FrSky fazia receptores compatíveis com os rádios da Futaba. A empresa nasceu disso. Depois criou sua própria tecnologia e fez sucesso, mas até hoje a FrSky vende receptores da linha TF, que são feitos para funcionar com o protocolo FASST da Futaba.
A TBS e a FrSky eram parceiras de longa data. A própria TBS recomendava que seu sistema fosse usado junto com um Taranis X9D+, era possível comprar o Taranis diretamente na loja da TBS, e ambas empresas trabalharam juntas para melhorar a integração entre seus 2 principais produtos.
Quando a FrSky lançou o seu rádio Q X7, ela modificou alguns detalhes na baia para módulos para tornar o TBS Crossfire incompatível com ele. Esse movimento foi visto com muita estranheza por toda a comunidade. Hoje sabemos que a razão disso é que a FrSky estaria desenvolvendo seu próprio sistema de rádio UHF (o R9), e portanto, tornar o seu novo rádio incompatível com o Crossfire facilitaria a adoção do R9.
O plano até poderia ter dado certo, não fosse o fato do R9 ter nascido com tantos problemas técnicos, o que deu tempo suficiente para a TBS criar uma versão reduzida (e portanto, mais barata) do Crossfire, além de pensar em uma modificação simples no Q X7 para permitir que ele funcione com o Crossfire. No final, a mensagem que ficou foi a tentativa frustrada da FrSky sabotar a TBS.
Alguns meses depois, a FrSky apresentou o sistema R9, deixando claro para todos a intenção de concorrer com o Crossfire. A TBS se defendeu alegando que o R9 era um clone do Crossfire (o que logo se provou falso).
A TBS, no entanto, tomou uma atitude arriscada: Enviou uma carta a todos os seus distribuidores, ameaçando descredenciar o distribuidor que vender o sistema R9. Este movimento causou certo pânico entre os distribuidores, que agora se viram em um dilema: Vender ou não o sistema R9, que era muito mais barato que o Crossfire e portanto, venderia bem mais.
Nos EUA, a maioria das lojas preferiu manter a parceria com a TBS e não disponibilizar o sistema R9. Porém a Banggood, que é a maior loja de hobby do mundo, nunca vendeu nada da TBS, e não teve problema nenhum em disponibilizar o sistema R9 para o mercado ávido por um sistema UHF mais barato do que o Crossfire.
A jogada da TBS se mostrou eficaz e ela conseguiu ter a sua vingança pela sabotagem que sofrera pela FrSky meses antes. Não sem causar algum desconforto na comunidade, pois a FrSky acabou sendo prejudicada por causa das falsas alegações de clonagem.
A FrSky simplesmente não precisava ter sabotado a TBS. Seu sistema R9 é muito mais integrado ao OpenTX do que o Crossfire (que depende de Scripts LUA até hoje). No longo prazo, ela teria ganhado facilmente da TBS por ter um produto bom e muito mais barato.
No final, a lição que ficou é que o terrorismo comercial funciona. E essa é uma lição que a FrSky aplicaria em pouquíssimo tempo.
O caso Jumper
Em 2019, uma nova empresa Chinesa aparece, a “Jumper”, e já chega apresentando um novo rádio controle, o Jumper T12. Ele era um rádio-controle com design claramente inspirado no finado Futaba TS8G, porém de tamanho reduzido e cores chamativas, parecia-se muito mais com um rádio de brinquedo do que com um rádio para hobby ou para uso profissional. Porém, ele roda OpenTX e possui um módulo de rádio “multiprotocolo”, que é capaz de transmitir usando diversos protocolos comuns do mercado: S-FHSS (da Futaba), DSMX e DSM2 (da Spektrum), AFSHD e AFSHD-2A (da FlySky), Walkera, WLToys… E também ACCST D8 e D16 da FrSky!
A FrSky passou a olhar com atenção para a Jumper, mas inicialmente não fez nada, pois não acreditava que aquele rádio “de brinquedo” ofereceria risco. Ledo engano.
Apenas 3 meses depois, a Jumper apresentou seu Flagship, o T16. Um rádio de aparência e construção muito mais sóbrias, com uma enorme tela colorida de alta resolução. O rádio tinha tudo que havia no Horus X10S (modelo Premium da FrSky vendido na faixa de US$ 300), porém, custava apenas US$ 150.
Este lançamento não agradou a FrSky, que olhou mais atentamente para o rádio e percebeu que ele rodava exatamente o mesmo firmware OpenTX do X10S. Isso foi suficiente para a FrSky repetir a receita da TBS: Enviou uma carta a todos os distribuidores ameaçando descredenciar o fornecedor que vender o modelo T16 da Jumper.
A acusação de clonagem logo se mostrou improcedente. O OpenTX é um software livre, e tudo o que a Jumper fez foi criar o seu hardware em volta do software que já existia. Isso não é clonagem, é engenharia reversa e não há problema nenhum em fazer isso. O que, no entanto, não fez a FrSky mudar seu posicionamento, afinal, é conveniente manter o embargo. Poucos foram os distribuidores que resolveram arriscar a parceria com a FrSky, e estes sofreram o embargo da FrSky como consequência.
A hipocrisia da FrSky
Há de se considerar que o fato do módulo multiprotocolo ser compatível com o protocolo ACCST é uma violação de propriedade intelectual. Talvez até seja, mas não se pode esquecer que o módulo em si é outro projeto separado, também de código livre e a Jumper não tem relação direta com ele. A Jumper basicamente monta hardware em cima de software livre que está disponível para todos, e não há nada errado nisso.
Há também de se considerar que essa é a raiz da FrSky! Ela nasceu criando receptores compatíveis com Futaba!!! Quanta hipocrisia é reclamar que clonaram seu protocolo quando ela própria clonou o protocolo da Futaba.
O protocolo ACCESS
Em 2019, a FrSky introduziu um novo protocolo de transmissão, chamado “ACCESS”, que é um acrônimo para “Advanced Communication Control and Elevated Spread Spectrum”, ou “Controle de comunicação avançado e espectro largo elevado” (é, a sigla não faz muito sentido).
Este protocolo, segundo a FrSky, introduz diversas novas funcionalidades, entre elas mais alcance, mais canais, link mais robusto e menos sujeito a interferência, e criptografia.
O detalhe: Este protocolo não é compatível com NADA que a FrSky fez até então. Todos os receptores, todos os módulos, todos os diversos modelos de rádios… Tudo incompatível.
A FrSky primeiro introduziu o rádio controle X-Lite PRO, que é um modelo baseado em OpenTX porém com módulo interno incompatível com os receptores ACCST. Depois, ela foi retirando um a um os rádios que ela vendia (Toda a linha Taranis e Horus), e substituindo por versões muito parecidas, porém com “2019” no nome, e compatíveis apenas com o protocolo ACCESS.
A FrSky é livre para criar uma nova tecnologia e fazer o que quiser com ela. O problema é que ela, de uma hora para outra, matou a tecnologia ACCST. Ou seja, ela não venderia mais receptores, módulos e rádios para o padrão ACCST, padrão que toda a indústria já havia adotado.
Até o padrão ACCST R9 foi substituído por um ACCESS R9, que obviamente também é incompatível com o modelo anterior, que havia sido apresentado menos de 2 anos antes.
Se você já tem um módulo externo DJT, XJT ou R9M, você não pode usá-lo com o Taranis 2019. Se você tem um R9M 2019, você não pode usar com o Taranis antigo nem com rádios de outras marcas. Agora ele é compatível apenas com rádios da FrSky, e apenas os modelos ACCESS (pelo menos até você usar um firmware experimental chamado “FLEX”).
A situação do sistema R9 é tão confusa que merece um artigo específico. Eu vou escrever em breve.
O barulho na comunidade foi tão grande, que a FrSky acabou recuando um pouco, e adicionou suporte ao ACCST D16 aos radios novos, assim pelo menos os receptores D16 continuariam funcionando. Porém, o suporte não foi estendido aos receptores D8 e LR12.
Embora pequena, essa atualização acalmou os ânimos da comunidade, pois dava a entender que a FrSky continuaria a vender receptores D16, o que é suficiente para que os rádios atuais continuem funcionando.
ACCST v2
A paz duraria pouco. Em Janeiro de 2020, a FrSky introduziu o protocolo ACCST V2. Trata-se de uma atualização para TODOS OS RÁDIOS ANTIGOS: Módulo externo XJT, módulo interno do Taranis X9D, X9D+, Q X7, Horus, e todos os receptores D16 já lançados.
Essa atualização, segundo a FrSky, melhora o desempenho da transmissão. Mas na prática o que essa atualização faz é tornar tudo incompatível com o protocolo ACCST original.
Desta forma, a FrSky vai vender receptores D16 compatíveis com ACCST V2, e assim vai obrigar os atuais proprietários de rádios FrSky antigos a atualizar o firmware de tudo para a nova versão. Desse modo, a FrSky vai garantir que os rádios funcionem apenas com receptores originais da FrSky, já que os receptores de outras marcas não terão essa atualização.
Conclusão
A FrSky aparentemente está empenhada em destruir tudo o que construiu por quase 10 anos. Em 2015, se alguém quisesse ingressar no hobby dos drones e aviões, era fácil dizer “Compre um rádio FrSky”. Hoje em dia já não há mais uma escolha tão óbvia.
Embora os produtos da FrSky continuem sendo bons e ainda estejam com uma boa relação de custo-benefício, essa instabilidade gera insegurança. Será que devo me comprometer com o ecossistema da FrSky? E se amanhã eles mudarem tudo de novo e todo meu equipamento ficar obsoleto?
O pior de tudo é pensar que todas essas mudanças têm como único objetivo tornar o hardware incompatível com os clones. Não são novas funcionalidades que fariam quebrar o protocolo anterior. Seria possível manter compatibilidade com tudo se eles quisessem, não é um problema técnico, é um problema meramente comercial.
Essa hipocrisia já fez com que a comunidade de hobistas passasse a não mais olhar com tanta admiração para a FrSky. A empresa que criou todo um ecossistema de integrações com todas as tecnologias emergentes, que usou tecnologias proprietárias e tornou-as acessíveis e de integração facilitada, agora fazendo este vergonhoso papel de tentar barrar a inovação por meio de terrorismo comercial e práticas anti-competitivas.